BIELSCHOWSKY, Ricardo; RODRÍGUEZ, Octávio; GANZ, Clemente Lúcio; POCHMANN, Márcio; LESSA, Carlos Cadernos do Desenvolvimento. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2006.
Seminário
Ricardo Bielschowsky Celso Furtado deu três contribuições fundamentais ao estruturalismo, e todas elas têm a ver com a idéia de subdesenvolvimento e com a relação de crescimento e distribuição de renda. Continuar lendo
Octavio Rodriguez Estas notas procuran delinear los contenidos fundamentales de una agenda del desarrollo, en los días que corren. Las bases analíticas principales en las mismas se sustentan provienen de puntos de vista de Celso Furtado atinentes a la temática de la cultura, sintetizada en los primeros ítems. Clemente Ganz Lúcio O objetivo a ser alcançado é fazer a sociedade brasileira mais igualitária, sem disparidade de gênero e raça, com a renda e a riqueza bem distribuídas e vigorosa mobilidade social ascendente. Márcio Pochmann O método que escolhi para fazer a minha exposição partiu da escolha de quatro referenciais de Furtado para fazer um contraponto com nossa atualidade no Brasil. Inicio com o primeiro ponto a respeito de Celso Furtado, de seu otimismo e de seu compromisso com o Brasil. Isso está expresso nas suas obras, especialmente para quem teve oportunidade de conviver com ele, ou pelo menos, de assistir às suas conferências. Carlos Lessa É inquestionável que, nesses 25 anos, o Brasil teve, na melhor das hipóteses, um lento crescimento. Não vou falar de estagnação, porque essa é uma palavra que me cria uma série de problemas, já que interrompe processos, congela estados. Porém, eu queria chamar a atenção para o fato de que houve intensas transformações por baixo desse lento crescimento, as quais se deram menos no espaço da economia e mais no chamado corpo social, político e institucional. Márcio Pochmann Estas notas procuran delinear los contenidos fundamentales de una agenda del desarrollo, en los días que corren. Las bases analíticas principales en las mismas se sustentan provienen de puntos de vista de Celso Furtado atinentes a la temática de la cultura, sintetizada en los primeros ítems.
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Estudos Econômicos, São Paulo, v.29, n. 1, p.113-27 1999.
Artigo
Este ensaio procura arrolar algumas que razões contribuíram para que a “Revolução de
30” partisse do Rio Grande do Sul, ou seja, sem negar as causas nacionais da mesma,
investigar que motivos econômicos e políticos contribuíram para que as elites civis gaúchas se
posicionassem tão fortemente contra o situacionismo e, mesmo em sendo periféricas dentro do
contexto nacional, tenham galgado a posição de líderes da Aliança Liberal e posteriormente,
do movimento armado que deu fim à República Velha. Continuar lendo
Para tanto, é dividido em três partes. A
primeira discute a formação intelectual de Vargas; a segunda, as circunstâncias de natureza
política; e a terceira as transformações econômicas que, associadas às anteriores, formam um
conjunto de hipóteses para explicar a questão proposta.
As origens e as vertentes formadoras do pensamento cepalino
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, 54(3):333-358 2000.
Artigo
O artigo contestar a tese, corrente na literatura, segundo a qual as teorias defendidas pelos
economistas ligados à CEPAL nas décadas de 1950 e 1960 devem-se à influência direta de Keynes. Continuar lendo
Para
tanto, além de evidenciar diferenças entre as duas construções teóricas, mostra que, antes de a CEPAL ser
criada ou da publicação da Teoria Geral, teses mais tarde consagradas como suas já encontravam adeptos
na América Latina. Com isto, chama atenção para a complexidade da origem do pensamento estruturalista
latino-americano e levanta hipóteses sobre que correntes ou teorias teriam-no influenciado mais
diretamente em seu nascedouro, destacadamente as exceções ao liberalismo de Smith e S. Mill, o
positivismo e List. Conclui que, mais que em inovar, a contribuição da CEPAL residiu em sistematizar
dentro de um programa de pesquisa reconhecido academicamente idéias que, de forma fragmentária, já
existiam na América Latina.
Legitimidade e credibilidade: impasses da política econômica do governo Goulart
FONSECA, Pedro Cezar Dutra Revista Estudos Econômicos IPE-USP, São Paulo, SP, v. 34, n. 3, p. 587-622 2004.
Artigo
A maior parte da literatura sobre o governo de João Goulart atribui as baixas taxas de crescimento e a
elevação da inflação do período a razões estruturais, enquanto a política econômica normalmente é vista
como errática e hesitante. Continuar lendo
Contrariando estas teses, procura-se aqui resgatar a importância da política
econômica dentro da conjuntura, mostrando que a mesma possui uma racionalidade, a qual inclusive se
manifesta na constante troca de ministros da área econômica. Para tanto, recorre-se ao modelo de
credibilidade de Barro e ao conceito de legitimidade de Max Weber para reconstituir os impasses do governo
e seus reflexos na condução da política econômica.
Diálogo das teses do subdesenvolvimento de Rostow, Nurkse e Myrdal com a teoria do desenvolvimento de Celso Furtado
GUIMERO, Rafael Gonçalves Dissertação, Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFSCar, São Carlos, 2011.
Teses e Monografias
O período posterior ao fim da I Guerra Mundial e a crise de 1929 introduz (a partir da crítica ao modelo econômico liberal e o surgimento das estratégias de desenvolvimento planificado e da alternativa keynesiana da regulação econômica) um novo problema de nvestigação: o tema do atraso e da condição de subdesenvolvimento. Continuar lendo
Em termos da literatura mundial, esta problemática foi trabalhada de maneira original e vigorosa por Ragnar Nurkse em “Problemas de formação de capital em países subdesenvolvidos”,por Rostow em “Etapas do desenvolvimento Econômico”, e por Gunnar Myrdal em “Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas”. Estes trabalhos e autores não apenas foram bem recebidos pela intelligentsia nacional-desenvolvimentista, como influenciaram fortemente a teoria do subdesenvolvimento de Celso Furtado. Nesta pesquisa são dois os objetivos buscados: 1) identificar no diálogo estabelecido entre os argumentos de Rostow, Nurkse e Myrdal a concordância, guardadas as suas devidas proporções na obra de Furtado (autor undamental na compreensão da questão do desenvolvimentismo dos anos 50/60); 2) analisar de que maneira essa influência foi recebida, apropriada e ressignificada segundo as perspectivas de Furtado na formulação da Teoria do Desenvolvimento para o planejamento industrial brasileiro.
Este artigo discute a atualidade do pensamento crítico de Celso Furtado a partir de uma brevíssima incursão no clássico debate cepalino das décadas de 1950-60. Continuar lendo
Na década brasileira do liberalismo de 1990, as restrições externas ao crescimento econômico, as desigualdades socioeconômicas e o intervencionismo estatal, legitimado por um projeto de desenvolvimento nacional que buscasse construir um sistema econômico nacional dinâmico e auto-sustentado, foram temas que ficaram de fora do grande debate. A ocultação das teses críticas cepalinas não foi obra de um episódio estritamente acadêmico. O clássico Formação econômica do Brasil de Celso Furtado é um texto balizador deste artigo.
Quebrando o mito: existe uma nova classe média brasileira?
POCHMANN, Márcio Revista Rumos, nº 278, novembro/dezembro 2014.
Entrevista
O economista Márcio Pochmann, professor da Unicamp e presidente do Ipea por longo mandato, navega em um mar de números, dados e análises históricas para decretar, na contracorrente do pensamento consensual que se estabeleceu no país: não temos uma nova classe média no Brasil. Continuar lendo
Pochmann não desconsidera ou minimiza a forte mobilidade social que ocorreu nos últimos anos – ao contrário, compara, guardadas as devidas proporções, ao ocorrido na Europa do pós-guerra, com a elevação da renda dos mais pobres, níveis seguros de emprego e a implementação de um estado de bem estarsocial. O que ele defende é que considerar a recomposição dos ganhos da classe trabalhadora e a diminuição da desigualdade como ascensão de uma nova classe média pode ser uma armadilha para o fortalecimento de teses que advoguem a diminuição do papel do Estado na sociedade brasileira. Afinal, para que um Estado forte em um país de
classe média, que não precisa do braço estatal para corrigir as assimetrias e oportunizar o acesso aos serviços básicos aos mais frágeis da pirâmide social?
Formação Econômica do Brasil - Unanimidade nacional
TORREÃO, Nelson PUBLICADO NO CADERNO PENSAR DO CORREIO BRAZILIENSE, Brasília, sábado, 17 de fevereiro de 2007.
Artigo
O artigo aborda a importância e a atualidade da obra “Formação Econômica do Brasil”, de Celso Furtado. Continuar lendo
O texto inclui a biografia do autor e uma entrevista com os economistas Renato Baumann e Ricardo Bielschowsky sobre a gênese e as teses da obra de Celso Furtado.