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Alguns desafios recorrentes da agenda amazônica


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Tendo em vista o papel que a dinâmica ecológica da região tem sobre a estabilidade climática do sul-sudeste brasileiro e a contínua dependência dos recursos hídricos da Amazônia para geração de energia para a demanda nacional, qual é o lugar e a relevância da região no desenvolvimento do Brasil?
 

Qual o papel da Amazônia no cenário internacional, tendo em vista tendências globais diversas, como a do aquecimento capaz de gerar calamidades, a de escassez de recursos naturais e de flutuações agudas de preços destes; a de envelhecimento populacional nas economias avançadas e o não tão distante fim do bônus demográfico brasileiro; a da ascensão da renda em mercados emergentes de países em desenvolvimento?
 

Qual o papel do planejamento e a premência de coordenação de atividades tendo em vista as questões federativas (repartição de receitas, atribuições jurídicas, limitações das autoridades estaduais em questões ambientais, etc.)?
 

Como aproveitar a ampliação de ligações internacionais (hoje não coordenadas), como as que ocorrem com o Caribe (pelo comercio de Roraima e migração de haitianos), as decorrentes de iniciativas governamentais dos países vizinhos (como as ligações rodoviárias do Acre com o Peru e Bolívia), as decorrentes das dinâmicas próprias de municípios transfronteiriços?
 

Como estruturar e acelerar a formação do mercado de gás natural em face das várias províncias de grande potencial como a de Coari e Silves, requerendo coordenação sobre os encaminhamentos consentâneos com interesses do desenvolvimento da região?
 

Como fazer as redes de cidades amazônicas gerarem economias de aglomeração ou externalidades para elas próprias e para os municípios vinculados, tendo no meio uma floresta ou áreas degradadas?
 

Como prospectar, criar e disseminar tecnologias sociais e boas práticas pró-desenvolvimento da região, mas que não dependam de grandes programas governamentais ou não exijam fatores de produção em grande escala?
 

Como identificar, desenvolver e fortalecer cadeias produtivas e segmentos promissores, com escala, para fomentar dinamismo econômico regional, sempre sob a condicionante de sustentabilidade ambiental?
 

Como levar as instituições de C&T na região a desenvolverem a grande Ciência da Amazônia, como base para o correto uso dos seus recursos naturais?
 

Como acompanhar e avaliar, de forma sistemática e permanente, os efeitos das políticas públicas em execução na região?

 

 






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