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Reindustrialização: para o desenvolvimento brasileiro


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LACERDA, Antonio Correa. Reindustrialização: para o desenvolvimento brasileiro. São Paulo: Contracorrente, 2022. 200p.

| Site da Editora Contracorrente

 

A obra, organizada em cinco capítulos, é uma coletânea das provocações, diagnósticos e resultados de estudos elaborados pelo Grupo de Pesquisas “Desenvolvimento e Política Econômica” (DEPE), da PUC-SP, e empreende uma ampla discussão a respeito dos limites impostos pela desindustrialização, bem como sobre as possiblidades da reindustrialização brasileira como política de desenvolvimento econômico e social.

Bastante articulado e denso, o livro apresenta tanto reflexões teóricas em torno da temática quanto uma análise aguda do quadro internacional e da posição brasileira nesse cenário.

O movimento de olhar para o passado e para o presente e apontar caminhos futuros fica evidente nas palavras dos próprios coautores, que assim condensam a questão: “a situação da economia brasileira remete a um movimento de retrocesso dos condicionantes elementares do desenvolvimento em nosso país. Na verdade, um retrocesso que coloca hoje o Brasil na posição de candidato à periferia do sistema global, quando expõe sua condição de mero exportador de alimentos e bens primários no mercado mundial e importador de produtos que antes produzíamos ou que poderíamos estar produzindo”.

“Por outro lado, tanto a nossa experiência de industrialização no século XX quanto as boas práticas internacionais nos apontam um caminho de saída para o desenvolvimento. A enorme potencialidade do país nos campos energético, agrícola, hídrico e da biodiversidade nos coloca em situação ímpar de reverter a desindustrialização e trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável e criador de oportunidades”.

 

SUMÁRIO

SOBRE OS AUTORES

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – A REINDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Antonio Corrêa de Lacerda
1.1 O quadro econômico recente
1.2 A crise da indústria e seus impactos
1.3 A abertura comercial vista como “panaceia” pelos liberais
1.4 Chile, Nova Zelândia, Austrália e Brasil
1.5 Desnacionalização
1.6 O cenário internacional e seus reflexos
1.7 A expansão chinesa e o Brasil
1.8 Os desafios a serem enfrentados
1.9 Os bancos públicos
1.10 Tributos e marcos regulatórios
1.11 Oportunidades para o Brasil

CAPÍTULO II – A MACROECONOMIA DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO
Norma Cristina Brasil Casseb, Carlos Eduardo F. Cabral, Emerson Braz e Matheus Lemes
2.1 Introdução
2.2 A importância do papel do Estado
2.3 O II PDN: o último plano de desenvolvimento econômico do país
2.4 A política macroeconômica que induziu à desindustrialização
2.5 A armadilha juros-câmbio e a redução do investimento industrial
2.6 Considerações finais

CAPÍTULO III – INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: AS CONTRIBUIÇÕES DE WILSON CANO
Danilo Severian e Antonio Corrêa de Lacerda
3.1 Introdução
3.2 Raízes da Indústria e da “Questão Regional” na obra de Wilson Cano
3.3 Industrialização retardatária e acelerada: da fase restringida à pesada e suas dinâmicas regionais
3.4 Regiões à deriva: as políticas de desenvolvimento no século XXI
3.5 O desmonte do desenvolvimento: descaminhos no neoliberalismo e o ponto em que estamos
3.6. Conclusão

CAPÍTULO IV – POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA E RETROCESSO ESTRUTURAL: ORIGENS DO ATRASO
Regina Maria A. F. Gadelha

CAPÍTULO V − ESTADO, POLÍTICA INDUSTRIAL E TECNOLÓGICA: REFLEXÕES SOBRE ALTERNATIVAS PARA A RETOMADA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
Luiz M. Niemeyer
5.1 Introdução
5.2 O papel do estado no desenvolvimento econômico
5.2.1 Ativistas-idealistas (Renascimento) versus passivistas-materialistas (Iluminismo e neoclássicos)
5.2.2 O Estado no pós-Segunda Guerra
5.2.3 Estado neoclássico: Economia do Bem-Estar até a década de 1980
5.2.4 Contrarrevolução em desenvolvimento econômico: início dos anos 1980: o ataque neoliberal ao Estado “desenvolvimentista” e ao “protecionismo comercial” (“mercantista”)
5.2.5 O Estado neoliberal
5.3 Política industrial (o Estado proativo e disciplinador)
5.4 O papel da tecnologia no processo de desenvolvimento econômico
5.4.1 Desenvolvimento como um aprendizado de como tirar vantagem sobre oportunidades que se modificam
5.5 Sistema Nacional de Inovação e Sistema Setorial de Inovação
5.6 Sistema Nacional de Inovação
5.7 Sistema Setorial de Inovação
5.8 Conclusão
5.8.1 Amsden e a OMC
5.8.2 Salvaguardas e proteção à indústria nascente
5.8.3 Subsídios
5.8.4 Princípio de reciprocidade
5.8.5 O Brasil até os anos 1970
5.8.6 Reflexões finais

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