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Nova Edição | Cadernos do Desenvolvimento, v. 17, n. 32 (maio-ago. 2022)


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A edição 32 dos Cadernos do Desenvolvimento (maio de 2022), composta de sete artigos, traz uma rica diversidade de reflexões, dentro de temas ligados às políticas para o desenvolvimento, ao pensamento de Celso Furtado como base para analisar a realidade brasileira e argentina e ao desenvolvimento regional, em especial do estado do Rio de Janeiro.

Os temas ligados às políticas para o desenvolvimento podem ser observados em Planejamento Indicativo: elo perdido do desenvolvimento, de Alfredo Maciel da Silveira, no qual expõe a proposta da retomada do planejamento indicativo no Brasil, analisando o que se pensou no país a partir do conceito de planejamento elevado à norma constitucional desde 1988 e quais circunstâncias no âmbito nacional e internacional relegaram tal norma ao esquecimento. Dentro dessa reflexão sobre as políticas para o desenvolvimento, podemos observar em Regulating development banks: a case study of the Brazilian Development Bank (BNDES) (1952-2019), de Norberto Martins e Ernani Teixeira Torres Filho, uma análise da experiência do BNDES entre 1952 e 2019 para compreender a influência da regulação financeira sobre os bancos de desenvolvimento e seu desempenho como um instrumento para a promoção da socialização dos investimentos e do pleno emprego. E, ainda, o artigo Análise das políticas industriais no período de 2003 a 2015 à luz da teoria neoschumpeteriana: um balanço propositivo, de Arthur Osvaldo Colombo, Marina Honorio de Souza Szapiro e José Eduardo Cassiolato, busca demonstrar, por meio da bibliografia neoschumpeteriana e da observação de alguns dados da indústria de transformação brasileira, que boa parte dos resultados pretendidos das políticas industriais, executadas entre 2003 e 2015, não chegaram a ser alcançados de maneira satisfatória, principalmente com relação às metas de adensamento para a indústria de transformação.

Sobre os artigos que analisam a realidade brasileira e argentina a partir do pensamento de Celso Furtado, observamos em O projeto de desenvolvimento social de Furtado num contexto de crise: reflexões para a realidade brasileira, de Simone da Silva Costa, uma reflexão sobre a importância de promover e sustentar um projeto social na atualidade com base nas ideias de Celso Furtado. Em A redefinição da inserção periférica brasileira: uma reflexão a partir do prisma furtadiano (1990-2016), de Leandro Salman Torelli e Alexandre Macchione Saes, os autores debatem os limites e as possibilidades do desenvolvimento brasileiro a partir das transformações vividas pelo país na crise dos anos 1980 e da inserção (ou reinserção) periférica no sistema mundial iniciada na década de 1990, tendo como base as reflexões de Furtado sobre as transformações do capitalismo desde os anos 1970. Sobre a economia argentina a partir de 2000, o artigo Del auge a frustración: modernización y estancamento en la economia kirchnerista, de Leandro Rodriguez, busca dar uma contribuição ao debate sobre a política econômica dos Kirchner ao utilizar a noção de modernização elaborada por Celso Furtado e adotar uma construção empírica eclética baseada em fontes de dados secundários.

Abordando a temática do desenvolvimento regional, o artigo Complexo Econômico-Industrial da Saúde Fluminense e contribuições para o desenvolvimento regional, de Mauro Osório da Silva, Lídia Silveira Arantes, Maria Helena Versiani e Henrique Rabelo Sá Rego, busca dimensionar a relevância do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) na economia fluminense, adotando o enfoque do CEIS desenvolvido por Carlos Gadelha e José Gomes Temporão.

Boa leitura.

 

Wilson Vieira
Vera Alves Cepêda
Maria Mello de Malta

Os editores
 






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