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Sobre a Pesquisa

A força criadora do pensamento de Celso Furtado, sua reflexão teórica sobre o subdesenvolvimento,

sua ação política para superar a pobreza, as iniquidades e as injustiças sociais repercutem ainda hoje.

Celso Furtado: vocação Nordeste - 1958-1964 é uma exposição que resgata um dos períodos mais importantes da vida política nacional e do Nordeste brasileiro. Na época, o Brasil avançava em seu processo de industrialização e modernização. O governo JK implantava os “50 anos em 5”, construía Brasília, criava a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o centro de uma política de desenvolvimento para a região. Sob a inspiração e a execução do economista Celso Furtado, um amplo projeto de diretrizes para o Nordeste foi elaborado, incorporando a racionalidade técnico-administrativa, o planejamento, a industrialização e a dimensão social e ecológica.

No Nordeste, as Ligas Camponesas faziam-se ouvir. Na América Latina, a Revolução Cubana apontava outro caminho que não o do capitalismo. O governo americano, assustado com o rumo da radicalização política, propunha a “Aliança para o Progresso”, iniciativa com forte viés da Guerra Fria. No Brasil, depois da renúncia de Jânio Quadros, veio o governo de João Goulart, trazendo as Reformas de Base.

 

O desfecho autoritário e militar que se deu no golpe de 31 de março de 1964, quando o presidente foi deposto, não impediu que a proposta de uma política diferenciada para o Nordeste tivesse contaminado corações e mentes. A força criadora do pensamento de Celso Furtado, sua reflexão teórica sobre o subdesenvolvimento, sua ação política para superar a pobreza, as iniquidades e as injustiças sociais repercutem ainda hoje.

Esta exposição resulta da pesquisa documental realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Regionais e do Desenvolvimento (D&R), da Universidade Federal de Pernambuco, sob a coordenação do professor Marcos Costa Lima (UFPE), financiada pelo Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. Em uma montagem original, feita com fotografias do acervo pessoal de Celso Furtado e de recortes de jornais da época, os vinte painéis, transformados neste site, retraçam a efervescência desses anos de grandes mudanças para o Nordeste.

Leia o Relatório Final da pesquisa que foi publicado no Cadernos do Desenvolvimento, nº 8, ano 6, maio 2011. No site do Cadernos do Desenvolvimento clique em Ver Sumário ou faça o download na íntegra em pdf.

Sobre a Pesquisa

Uma das características da Sudene de Celso Furtado foi o interesse internacional que despertou por
seu pioneirismo de programa destinado à superação do subdesenvolvimento na região nordestina.

O acervo de Celso Furtado relativo aos anos da Sudene possui cerca de 7 mil documentos, desde seu encontro com o presidente Juscelino Kubitschek, em 1958, até o golpe militar de 31 de março de 1964. Nesses seis anos, Celso Furtado trabalhou com três presidentes – Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart –, idealizou e implantou a Sudene, concebeu a primeira legislação de incentivos fiscais no Brasil, foi o primeiro ministro do Planejamento do País, elaborou o Plano Trienal.

Uma das características da Sudene de Celso Furtado foi o interesse internacional que despertou por seu pioneirismo de programa destinado à superação do subdesenvolvimento na região nordestina. Daí os diversos encontros que ele teve, no período, com personalidades como John Kennedy, Ernesto Che Guevara, David Ben Gourion, Pierre Mendès-France, Henry Kissinger, Edward Kennedy. De todos há alguma documentação nos acervos.

Completar essa documentação por meio do rastreamento de novas fontes documentais e de depoimentos acerca desses anos em que Celso Furtado esteve dedicado ao Nordeste foi a sugestão inicial que o Centro Celso Furtado encaminhou ao professor Marcos Costa Lima, em 2009.

 

A pesquisa documental teve por base dois objetivos centrais:

  • reunir documentos e testemunhos relativos à “recepção” no Nordeste da ação de Celso Furtado no período 1958-1964, e também alguns documentos de contexto político, social e econômico da mesma época, sempre relativos ao Nordeste;
  • elaborar uma cronologia final dos principais acontecimentos e decisões.

Sem pretender ser exaustiva, ela visou apenas recolher alguns elementos significativos e abrir caminho para eventuais futuras pesquisas. Foi feito um amplo levantamento dos jornais da época, no período 1958-1964, que tratam direta ou indiretamente dos temas vinculados à Sudene e à presença de Celso Furtado como seu primeiro superintendente, acompanhando e ressaltando os aspectos políticos, econômicos e sociais e os impactos provocados pelo órgão na realidade regional e nacional. Foram selecionados, como documentos base da pesquisa, os seguintes periódicos: Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, de Pernambuco, O Estado de S. Paulo e o Última Hora, do Rio de Janeiro.

Leia o Relatório Final da pesquisa que foi publicado no Cadernos do Desenvolvimento, nº 8, ano 6, maio 2011. No site do Cadernos do Desenvolvimento clique em Ver Sumário ou faça o download na íntegra em pdf.

Sobre a Pesquisa

É sua faceta de “homem público” aquela destacada aqui, sendo o período no qual a Sudene foi fundada
e teve suas ações lideradas por Furtado, seguramente uma das partes mais relevantes de sua vida.

Como economista, pensador e “homem público”, o paraibano de Pombal, Celso Monteiro Furtado (1920-2004), se destacou extraordinariamente em seu tempo. Nos anos 1950, junto com Raúl Prebisch, fez parte da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), exercendo grande influência nesta parte do continente com suas ideias sobre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento que divergiam das doutrinas econômicas dominantes.

Estas ideias estimularam a adoção de políticas intervencionistas no funcionamento da economia brasileira, muitas das vezes com o próprio Celso Furtado à frente. É sua faceta de “homem público” aquela destacada aqui, sendo o período no qual a Sudene foi fundada e teve suas ações lideradas por Furtado, seguramente uma das partes mais relevantes de sua vida.

Há muitos textos sobre a biografia e a bibliografia de Celso Furtado, de modo que não haveria razão para encararmos o desafio de escrever sobre personagem tão comentado se não acreditássemos poder apresentar alguma contribuição particular, capaz de animar este texto e torná-lo relevante.

 

Dessa maneira, este ensaio tem o intuito de narrar os principais acontecimentos envolvendo a concepção e a instituição da Sudene em 1959, sobretudo a partir do relato da imprensa (eis, então, aquilo que acreditamos que torna original esta contribuição). A principal base documental que nos ajudou a compor este texto é a coleção de matérias de jornais coletadas na pesquisa “A Sudene de Celso Furtado, 1958-64”, encomendada pelo Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, para a qual foram pesquisados os jornais O Estado de S. Paulo, Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e Última Hora, em busca de informações sobre o tema e o período indicado pelo título da pesquisa. Dessa forma, este trabalho pretende abranger da concepção à sanção da lei que institui a Sudene, interessando sobretudo àqueles que estudam a biografia de Celso Furtado, a Sudene, ou mesmo o governo do presidente Juscelino Kubistchek.

Renan Cabral, pesquisador. Trecho do relatório final, artigo: “1959. Das ideias à ação, A Sudene de Celso Furtado – Oportunidade histórica e Resistência conservadora”.

Leia o Relatório Final da pesquisa que foi publicado no Cadernos do Desenvolvimento, nº 8, ano 6, maio 2011. No site do Cadernos do Desenvolvimento clique em Ver Sumário ou faça o download na íntegra em pdf.

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Projeto
Centro Internacional Celso Furtado
de Políticas para o Desenvolvimento


Curadoria
Marcos Costa Lima
Rosa Freire d’Aguiar Furtado


Pesquisa
D&R - Núcleo de Estudos e Pesquisas
Regionais e do Desenvolvimento – UFPE


Pesquisadores
Anderson Matias Cardozo
Antônio Henrique Lucena Silva
Augusto Wagner Teixeira Jr.
Diogo Moura
Rodrigo Santiago
Renan Cabral da Silva


Projeto gráfico
Amélia Paes


Fotografias
Gustavo Moura
Arquivo Rosa Freire d’Aguiar Furtado


Arquivo Nacional
Revista O Cruzeiro

 

Patronos


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Petrobras

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