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3º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado (2016)


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O desenvolvimento da Amazônia sempre foi considerado, salvo em poucos e curtos períodos, como uma questão meramente regional. Com o advento das questões ecológicas como condicionantes do desenvolvimento global a região tornou-se item regular nas preocupações internacionais, em face dos efeitos que seu comprometimento ambiental pode ter nos ciclos biogeoquímicos do planeta. De questão regional tornou-se questão internacional sem ter sido, de forma efetiva, questão brasileira.

É hora de assumir esta responsabilidade e formular diretrizes para um processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia que respeite os condicionantes ecológicos, que propicie melhorias na qualidade de vida de seu povo, que possibilite a mobilização de seu imenso patrimônio biológico, mineral, energético, e de conhecimento autóctone, como capital estratégico gerador de riqueza. Tal processo precisa se fundamentar em Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I) comprometidas com a geração e uso econômico do conhecimento, em natural associação a toda a Pan-Amazônia.

Torna-se, pois, necessária a busca de novas abordagens visando perspectivas mais duradouras na direção da sustentabilidade do desenvolvimento. O fazer científico na e sobre a Amazônia precisa estender suas conquistas para o equacionamento desse grande desafio: produzir e usar adequadamente tecnologia e inovação para dar sustentação a uma economia saudável ambientalmente e justa socialmente.

E ainda, o desenvolvimento da Amazônia Brasileira não pode ocorrer em desconexão com as porções amazônicas dos demais países que a integram. Há outros vínculos com potenciais virtuosos entre o Brasil e os demais países da Pan-Amazônia: cultura e história comuns, um mercado relevante para trocas internacionais, a condição de serem fronteira de recursos e região pivô da agenda geopolítica internacional.

Portanto, a Amazônia Brasileira, a princípio tratada como um problema regional e “extra-muros”, eleva-se à categoria de desafio em escala global. Tornou-se imperativo, agora, sua inclusão definitiva e estratégica a ser realizada pelo processo integral de desenvolvimento brasileiro. Repete-se na Pan-Amazônia esse viés de questão especificamente ambiental. Para superar essa limitação, a região deve ganhar densidade e inclusão nos programas internacionais das agências multilaterais de desenvolvimento. Esta imensa região geopolítica da América do Sul precisa possuir uma visão socioeconômica abrangente na busca do aumento dos padrões de qualidade de vida, dos assentamentos urbanos, rurais e florestais.

O 3º Congresso Internacional do Centro Celso Furtado debaterá essa temática, buscando na intelligentsia de seus quadros e parceiros de todas as latitudes o suporte cognitivo para refletir e propor soluções de políticas públicas sobre tão importante desafio. Há, para tal empreitada, além da produção atual de tantos especialistas nacionais e internacionais, como foi Bertha Becker, o legado do patrono, Celso Furtado, com suas contribuições teórico-metodológicas, passando pelas referências regionais, como Armando Mendes e Samuel Benchimol. Somam-se as contribuições de latino-americanos cepalinos com atuação longeva desde Raúl Prebisch em prol do desenvolvimento da América Latina.

Comissão Organizadora:

Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)
José Alberto da Costa Machado (UFAM)
Manuel Marcos Maciel Formiga (UnB)
Mauro Thury Vieira Sá (UFAM)
Roberto Ramos Santos (UFRR)
Glauber Cardoso Carvalho (Centro Celso Furtado)
 

Local:

Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho
Faculdade de Estudos Sociais
Auditório Rio Amazonas

 


 

Programa

 

15 de setembro - manhã

 

Solenidade de Abertura e Ato Cultural

Roberto Saturnino Braga (Centro Celso Furtado)
Rosa Freire d'Aguiar Furtado (Centro Celso Furtado)
Marcia Perales Mendes Silva (UFAM)
Sylvio Puga (UFAM)
Jorge Habib Hanna El Khouri (Itaipu Binacional)

 

Conferência de Abertura: "Panamazonía y el futuro de America de Sur"

María Jacqueline Mendoza Ortega (Embaixadora, OTCA)

 

15 de setembro - tarde

 

A Pan-Amazônia e a Amazônia brasileira

Análise das interações existentes entre as dinâmicas de desenvolvimento de toda a Pan-Amazônia.

Coordenador: Osiris Silva
Theotônio dos Santos (UERJ / Unesco)
Rosalia Arteaga (Ex-presidente do Equador)
Pedro Silva Barros (Unasul)

 

Saúde dos povos tradicionais

Como aliar saúde e desenvolvimento no contexto amazônico dos povos tradicionais, cuidando da proteção, mas, entendendo os processos naturais que emanam da floresta.

Coordenador: Helena Maria Martins Lastres (UFRJ)
José Carlos Tavares (Unifap)
Evelyne Marie Therese Mainbourg (UFAM / Fiocruz-Amazônia)
Regina Célia de Rezende (DASI)

 

Questões do direito: biotecnologia, direito ambiental e questão fundiária

Debater as questões jurídicas sobre temas latentes na região amazônica, como a biotecnologia, o direito ambiental e a questão fundiária, assim como temas correlatos que cada item enseja.

Coordenador: Gilberto Bercovici (USP)
Alessandro Octaviani (USP)
Girolamo Domenico Treccani (UFPA)
Solange Teles da Silva (Makenzie)

 

Ato Cultural

Homenagem ao Poeta da Floresta Thiago de Mello.

 

16 de setembro - manhã

 

Conferência "O desenvolvimento da Amazônia e a soberania nacional"

Apresentar o cenário das circunstâncias que permeiam a segurança, a proteção e o desenvolvimento da Amazônia e as implicações para a soberania nacional.

Gen. Geraldo Antonio Miotto (Comandante Militar da Amazônia, Exército Brasileiro)

 

Ciência e desenvolvimento na Amazônia

Discutir a importância da ciência para compreensão e conservação da Amazônia e também para ensejar tecnologias de fins produtivos e de modo sustentável.

Coordenador: Adalberto Val (INPA)
Antonio Carlos Filgueira Galvão (CGEE)
Ennio Candotti (Museu da Amazônia)
Pedro Celestino da Silva Pereira Filho (Clube de Engenharia)

 

Cadeias globais de valor, Áreas Econômicas Especiais e inserção da Amazônia

Debater sobre as possibilidades de inserção da produção amazônica nas grandes cadeias internacionais de valor e as possibilidades das áreas econômicas especiais como estratégia de desenvolvimento da Amazônia.

Cristina Fróes de Borja Reis (UFABC)
Jean Marc Siröen (Université Paris 9-Dauphine)
Rebecca Garcia (Suframa)

 

16 de setembro - tarde

 

Desindustrialização e (re)industrialização: no Brasil e implicações para a Amazônia

Discutir o panorama atual e perspectivas da desindustrialização e (re) industrialização no Brasil e como tais dinâmicas interagem com o desenvolvimento da Amazônia.

Coordenador: Kamilla Loureiro e Silva (UFAM)
Mauro Thury de Vieira Sá (UFAM)
Marta dos Reis Castilho (UFRJ)

 

Os potenciais hídricos da Amazônia e o futuro energético do Brasil

Futuro energético hídrico e mineral do Brasil e da Amazônia.

Coordenador: Marcelo Diniz (UFPA)
Jorge Habib Hanna El Khouri (Itaipu Binacional)
Rubem Cesar Rodrigues Souza (CDEAM / UFAM)

 

Arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais: meio de inclusão social e desafios de sua sustentação

Debater o papel e as possibilidades dos ASPIL em relação ao desenvolvimento da Amazônia.

José Cassiolato (UFRJ)
José Sandro da Mota Ribeiro (Departamento de Desenvolvimento Regional/SEPLAN-CTI/AM)
Elenice Assis do Nascimento (Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá)

 

Amazônia e pacto federativo: questões tributárias, repartição de receitas, diretrizes orçamentárias e contingenciamentos

Discutir os efeitos sobre o desenvolvimento da Amazônia decorrentes das políticas vigentes relacionadas com repartição de receitas, contingenciamentos, diretrizes orçamentárias e similares.

Coordenador: Ronney Cezar Campos Peixoto (SEPLAN-CTI)
Claudio Alberto Castelo Branco Puty (UFPA)
Eduardo Monteiro da Costa (UFPA)
José Alberto da Costa Machado (MPE-AM)

 

Conferência de Encerramento: "A política externa e a Amazônia"

Samuel Pinheiro Guimarães Neto (Centro Celso Furtado)

 


 

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