Estrutura patrimonial e padrão de rentabilidade dos bancos privados no Brasil (1970-2008): teoria, evidências e peculiaridades.
OLIVEIRA. Giuliano Contento de, 2012.
Teses e Monografias
Esta tese discute a estrutura patrimonial e o padrão de rentabilidade dos bancos privados no
Brasil no período 1970/2008, com ênfase no contexto de baixa inflação (1995-2008). Continuar lendo
Acreditavase
que a estabilidade monetária mudaria substancialmente o padrão de atuação destas instituições,
o qual passaria a ser pautado nas operações de crédito. Contudo, os indicadores de balanço de
grandes bancos privados analisados neste trabalho revelam que isso não aconteceu. O
comportamento dos bancos privados no Brasil em contexto de baixa inflação continuou sendo
ditado pela opção por flexibilidade. Estas instituições continuaram sendo capazes de se
adaptarem a diferentes conjunturas, mantendo seus elevados níveis de rentabilidade. Sustenta-se,
pois, que esse padrão de atuação decorre fundamentalmente da combinação de dois fatores: 1)
instabilidade macroeconômica e a consequente prática de juros básicos reais elevados; e 2)
indexação dos títulos públicos à taxa de juros de curto prazo (Selic). Ou seja, de um lado a
estabilidade monetária no Brasil não significou estabilidade macroeconômica; de outro, a lógica
do plano de estabilização impediu a supressão do arcabouço institucional do regime de alta
inflação, a saber, da moeda indexada. Nestas condições, nos momentos de maior incerteza os
bancos têm a possibilidade de composição de uma carteira de ativos ao mesmo tempo líquida e
rentável, o que lhes possibilita obter altos ganhos mesmo em conjunturas adversas. A despeito do
fim da alta inflação, as operações destas instituições continuaram sendo pautadas
majoritariamente no curto prazo, tendo nas operações com títulos públicos o principal suporte
para manter seus níveis elevados de rentabilidade em contextos marcados por adversidades.
Concluí-se, deste modo, que a mudança deste padrão de atuação requer a prevalência de
condições macroeconômicas e institucionais que induzam essas instituições a assumirem maiores
riscos, fazendo do crédito a base de seu padrão de rentabilidade.
Novo-desenvolvimentismo, crescimento econômico e regimes de política macroeconômica
OREIRO, José Luis da Costa Estudos avançados 26 (75), 2012.
Artigo
O novo-desenvolvimentismo, conceito desenvolvido no Brasil a partir
dos trabalhos de Bresser-Pereira (2006, 2007, 2009), é definido como
um conjunto de propostas de reformas institucionais e de políticas econômicas,
por meio das quais as nações de desenvolvimento médio buscam alcançar
o nível de renda per capita dos países desenvolvidos. Continuar lendo
Essa estratégia de
“alcançamento” baseia-se explicitamente na adoção de um regime de crescimento
do tipo export-led, no qual a promoção de exportações de produtos manufaturados
induz a aceleração do ritmo de acumulação de capital e de introdução
de progresso tecnológico na economia. A implantação dessa estratégia requer a
adoção de uma política cambial ativa, que mantenha a taxa real de câmbio num
nível competitivo nos médio e longo prazos, combinada com uma política fiscal
responsável que elimine o déficit público, ao mesmo tempo que permite o aumento
sustentável do investimento público. A manutenção da taxa real de câmbio
num patamar competitivo nos médio e longo prazos exige não só a adoção
de uma política cambial ativa, como também uma política salarial que promova
a moderação salarial ao vincular o aumento dos salários reais ao crescimento da
produtividade do trabalho, garantindo assim a estabilidade da distribuição funcional
da renda no longo prazo. A combinação entre política fiscal responsável e
moderação salarial se encarregaria de manter a inflação a um nível baixo e estável,
permitindo assim que a política monetária seja utilizada para a estabilização
do nível de atividade econômica, ao mesmo tempo que viabiliza uma redução
forte e permanente da taxa real de juros.
A Keynesian Theory of Hegemonic Currencies – Or Why the World Pays Dollar Tribute
PALLEY, Thomas Blog do Thomas Palley - http://www.thomaspalley.com/?p=317#more-317 2012.
Artigo
Several years ago (June 2006) I wrote an article advancing a new theory of why the dollar is the world’s dominant currency and why it is likely to remain so. Continuar lendo
The article was published in the midst of the last boom and sank like a stone.
Taxa de câmbio no Brasil: dinâmicas da especulação e da arbitragem
ROSSI, Pedro Linhares 2012.
Teses e Monografias
Essa Tese procura desenvolver as especificidades da formação da taxa de câmbio brasileira tendo em conta fatores microeconômicos do mercado de câmbio como as instituições, os agentes, a regulamentação, as formas de especulação e os canais de arbitragem entre os diferentes mercados. Continuar lendo
Identifica-se na especulação com moedas, protagonizada pelo carry trade, um elemento de distorção cambial em diversas economias do sistema e, em especial, na economia brasileira. As conclusões do trabalho apontam para centralidade do mercado de derivativos e do carry trade na dinâmica cambial brasileira recente, onde se destacam o papel dos estrangeiros e investidores institucionais na formação de tendências no mercado de câmbio futuro, e dos bancos que transmitem essa pressão especulativa para o mercado à vista ao realizarem ganhos de arbitragem. Em certo sentido, propõe-se uma hierarquia entre os mercados de câmbio, onde o mercado futuro, impulsionado pelo mercado offshore, condiciona a formação de posições no mercado interbancário, assim como a liquidez no mercado à vista. Dessa forma, identifica-se uma determinação financeira da taxa de câmbio que distorce sistematicamente a trajetória cambial e condiciona a atuação desse preço macroeconômico como mecanismo de ajustamento e como ferramenta para o desenvolvimento econômico.
O socioeconomista franco-polonês Ignacy Sachs, aos 85 anos, é um pensador em plena atividade. Continuar lendo
Sua longa e bela trajetória está marcada por participações em eventos importantes. Esteve presente na organização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, realizada em 1972, e na Cúpula da Terra – Eco-92, no Rio de Janeiro. E já confirmou que deixará sua contribuição durante a Rio+20, participando de eventos paralelos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
At the dawn of the 21st century, the world is witnessing what has usually been called the new “scramble for Africa,” a phenomenon highlighted by an increased focus on the continent by “emerging countries”, theoretically, also an innovation. Continuar lendo
Undoubtedly, China’s presence is the main vector for the political change, regarding also the new world system configuration, as certainly 9,33 billion dollars, thrown at the African Continent in a less than a decade, are not an ignorable fact. China, though, is not the only nation interested in this economically growing arena, which has been traditionally open to foreign influence due to in great part its history, but also countries such as India, Brazil, Malaysia, Republic of Korea, Turkey, Saudi Arabia, Kuwait, United Arab Emirates, among others, which are jockeying for a greater influence in the future of the continent. Some of those countries could be seen in the African scenario as emerging players hunting international influence, others, as collaborative Southern partners, some of them, as both.